Parte QUATRO de não sei quantas...

"Da coragem de se dar um passo, quando se está na beira do abismo"
E fez-se trevas...
E tudo estava cinza, infinitamente cinza, e ela surgiu como num passe de mágica, típico de um ritual de bruxaria, sorridente e solícita, cúmplice e meiga...
E a vida ganhou cor, e as horas foram se preenchendo...
E fez-se luz...
E com o tempo, a luz já não iluminava tanto, no máximo se assemelhava àqueles chaveirinhos com laterninha para o bebum encontrar o buraco da fechadura de madrugada.
E o sorriso ficou amargo, e já não havia mais cumplicidade...
Apenas dois corpos moribundos, se anulando, sugando-se até a última gota de energia, devastando a felicidade e tudoo que viesse pelo caminho...
E novamente fez-se as trevas...
E de repente já não havia mais nada em volta, havia ainda menos que da primeira vez, e a vida tornou-se um caminho escuro, sem rumo, um gigantesco tanto faz... o que viesse era lucro...
E de repente uma nova luz surgiu em meio à escuridão, e um novo caminho revelou-se em minha mente, na verdade era um caminho que sempre estava ali...
Um caminho de paz, de segurança e de proteção, um caminho de luz...
E como uma lança, rasgou a escuridão como os raios de luz rasgam as nuvens...
E como o nascer do sol, mostrou um novo dia, um novo ciclo e milhares de possibilidades...
Hoje os sorrisos são sinceros, e são exatamente os sorrisos que sempre estiveram por perto mas nunca foram percebidos, e são os mesmos abraços que sempre confortaram mas nem sempre foram procurados...
E fez-se a luz novamente...
Uma luz intensa, como eu nuca tinha visto antes...
Um céu claro, sem poluição, revelando infinitos caminhos, infinitas possibilidades...
E no meio disso tudo, um sorriso novo se revelou, um abraço novo, boas vindas, um pouco de entrega... e que tudo aconteça naturalmente...
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Na foto: o céu de Brasília, lindo, limpo, próximo ao Pôr do Sol, visto de algum canto desse misterioso lago, que por algum motivo me atrai e me faz sentir infinito, luz!
(Publicado originalmente em Novembro de 2007)
Um comentário:
Rezinho, um abraço apertado
Da sua sempre amiga
Grá
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