segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Revoluções de Ano Novo - IV




Destino Escolhido...

Depois de um pãozinho com manteiga e um gole de café preto, tem-se sempre a impressão de que o dia será tranquilo, isso é bom e geralmente essa impressão dura por uns trinta ou quarenta minutos.
Logo que o café acelera a desintegração do pão dentro do estômago, sente-se uma agonia profunda e uma ansiedade incontrolável, a vontade de fugir é imensa, vem então o sabor do cigarro na boca e com muito esforço consigo afastar a vontade de fumar.
A única janela disponível, dá visão apenas para outros departamente do trabalho, e a única janela para a rua fica na sala ao lado, impossível tentar se distrair com alguma coisa.
Mas vem a vontade de fugir novamente e num desespero louco, imagino-me numa cena de história em quadrinhos, pulando pela tal janela, do terceiro andar do prédio, estilhaçando vidraças e caindo por sobre o capo dum carro qualquer... idiota...
O telefone dispara e me traz de volta à realidade, minha sina, atender telefones e ficar preso numa sala, com ar condicionado, em frente é um computador que por vezes me faz escapar deste destino...
Escolhido... não eu, não o destino, nessas alturas do campeonato já não sei mais quem escolheu quem, o fato é que as vezes tudo aqui me deixa profundamente irritado e novamente a vontade de fugir... de não ser eu mesmo, ou de ser exatamente eu mesmo e estar em outros lugares, respirando outros ares, navegando outros mares...
E assim eu vou vivendo... dia a dia, passo a passo... e apesar de tudo com muita garra e esperança...

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Esta série é inteiramente dedicada ao meu grande amigo Robinho, que sempre faz com que repense diversas coisas...
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