sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

De baú pra Pernambuco I

Na viagem de ônibus de Brasília à Pernambuco, nalguma cidadezinha da Chapada Diamantina o motorista pára pra tomarmos o café da manhã.
São 6h quando desembarcamos do ônibus em frente à esta pousadinha.
Um senhor com seus 60 e tantos anos aguarda ansioso para vender seus óculos escuros, bonés, relógios e outros acessórios aos passageiros de descem famintos após a longa noite de estrada.
Sou um dos últimos passageiros à descer, o senhorzinho me olha de cima à baixo, sorri, me oferece um relógio (de ouro) por 30 golpes, um boné jeans por 20 ou umas pulseiras na promoção.
Sorrio, agradeço e recuso.
Ele olha bem no fundo dos meus olhos e pergunta:
- E a "diamba"? Você gosta?
- Ah... Essa eu tô querendo! - Respondi sorridente e sem um pingo de receio.
Aí ele tira um pacotinho do bolso e me oferece pelo preço de uma coxinha com coca.
Tiozão maroto, sabe como conquistar a clientela e agora já tenho garantido meu passatempo preferido pras próximas paradas daqui até Pernambuco.
Haja estrada, haja diamba, vamo que vamo!
E na parada pro almoço em Ipirá, dois muleke doido do baú me convida pro digestivo.
Devo eu ter muita cara de pamonheiro, mesmo!

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